Ela se levantou pela manhã, sentia-se bem, coisa rara nesses últimos dias, tomou um banho demorado, tomou seu café da manhã e vestiu-se – um macacão jeans, largo, roupa que passou a vestir, uma camiseta de manga longa, nos pés um sapato confortável. Penteou-se, passou batom nos lábios e saiu, tinha um compromisso já assumido na semana anterior. Ao seu lado o amor de sua vida.
Meia hora depois, entra naquela sala, que já estava acostumada, já estava habituada a ela e a quem a ocupava, havia já uma relação bonita, saudável e amiga.
Após um tempo, algo estava errado, inesperado. Ela, que tinha outros compromissos, adiou-os.
Aguardava uma ligação, e ao recebe-la, dirigiu-se ao local combinado. Fez muitas coisas, viu muitas coisa, ficou feliz com as imagens, ficou feliz com os sons intermitentes, ficou feliz com os movimentos que sentia a todo tempo.
Mais uma ligação, e algo que era esperado para o próximo mês teve que ser antecipado. Ela, ficou andando de um lado para o outro, subiu um frio pela barriga, a respiração ficou mais rápida, as mãos frias. “Não, ainda não!” pensou. Mas a decisão não cabia a ela. Respirou fundo e mais uma vez foi ao encontro de seu destino.
Chegou ao local que já conhecia e planejara chegar no momento oportuno. Subiu pelo elevador, o coração em disparada. Seu amor, segurava-lhe a mão.
Entrou pelo corredor, entregou os documentos e aguardou. Pouco tempo depois foi chamada, entrou em uma sala e aguardou. Seu amor, resolvendo questões burocráticas.
Tudo pronto, aguardava agora a pessoa que tinha encontrado pela manhã. A porta abriu-se e lá estava ele, confiante, sorriso no rosto. Aproximou-se, pegou sua mão, falou um pouco, demonstrou muita confiança e saiu, temporariamente.
Frio, muito frio. Sentia um frio que parecia sair de dentro dela.
Levaram-na a outra sala. Mais fria, congelante. Pessoas desconhecidas a aguardavam, sorrisos nos rostos, sentiu-se acolhida. A respiração rápida, coração em disparada, frio.
Sabia que estava bem, que tudo ficaria bem, estava certa disso.
Sentou-se, sentiu uma leve pressão nas costas e deitou-se. A essa altura, os dentes batiam descompassadamente.
As pessoas se movimentavam, fazendo algo que para ela era totalmente novo, mas para eles eram corriqueiras, conversavam com ela, sorriam.
Mais alguns minutos e tudo acabaria. Olhava para cima, só podia esperar.
Ficou lembrando o que aconteceu durante o dia, levantara para cumprir sua rotina diária, vestira-se da forma que tivera que se habituar, planejara estar em casa nesse exato momento, mas algo fugira ao controle e ela aguardava.
Vinte horas e oito minutos, ela sente uma pressão, fora avisada antes pelas pessoas que lá estavam, e então ouviu pela primeira vez aquele som. Alto, claro e o frio passou. Sorria, chorava, a felicidade transbordava. Viu então de onde vinha aquele som, pele clara, cabelo ralos e claros, o queixo como o dela, exatamente como vira na ultrassonografia, o queixo era exatamente como o dela. Aquele som, tirou toda a tensão daquele dia, levou para longe o cansaço e o frio. O choro de sua filha, era a confirmação que tudo estava bem, lágrimas correram por sua face.
Adormeceu.
Ao abrir os olhos, encontrou aquele rosto. Seu amado, sorria, feliz, preocupado, aliviado, tudo ao mesmo tempo.
Recebeu um beijo, daquele que agora seria chamado de pai.
Foi assim que me tornei mãe... Mais uma página no livro da minha vida acabara de ser escrito, página do capítulo: Mãe
Desejo a todas as mães muita paz e luz nesse nosso dia!Meia hora depois, entra naquela sala, que já estava acostumada, já estava habituada a ela e a quem a ocupava, havia já uma relação bonita, saudável e amiga.
Após um tempo, algo estava errado, inesperado. Ela, que tinha outros compromissos, adiou-os.
Aguardava uma ligação, e ao recebe-la, dirigiu-se ao local combinado. Fez muitas coisas, viu muitas coisa, ficou feliz com as imagens, ficou feliz com os sons intermitentes, ficou feliz com os movimentos que sentia a todo tempo.
Mais uma ligação, e algo que era esperado para o próximo mês teve que ser antecipado. Ela, ficou andando de um lado para o outro, subiu um frio pela barriga, a respiração ficou mais rápida, as mãos frias. “Não, ainda não!” pensou. Mas a decisão não cabia a ela. Respirou fundo e mais uma vez foi ao encontro de seu destino.
Chegou ao local que já conhecia e planejara chegar no momento oportuno. Subiu pelo elevador, o coração em disparada. Seu amor, segurava-lhe a mão.
Entrou pelo corredor, entregou os documentos e aguardou. Pouco tempo depois foi chamada, entrou em uma sala e aguardou. Seu amor, resolvendo questões burocráticas.
Tudo pronto, aguardava agora a pessoa que tinha encontrado pela manhã. A porta abriu-se e lá estava ele, confiante, sorriso no rosto. Aproximou-se, pegou sua mão, falou um pouco, demonstrou muita confiança e saiu, temporariamente.
Frio, muito frio. Sentia um frio que parecia sair de dentro dela.
Levaram-na a outra sala. Mais fria, congelante. Pessoas desconhecidas a aguardavam, sorrisos nos rostos, sentiu-se acolhida. A respiração rápida, coração em disparada, frio.
Sabia que estava bem, que tudo ficaria bem, estava certa disso.
Sentou-se, sentiu uma leve pressão nas costas e deitou-se. A essa altura, os dentes batiam descompassadamente.
As pessoas se movimentavam, fazendo algo que para ela era totalmente novo, mas para eles eram corriqueiras, conversavam com ela, sorriam.
Mais alguns minutos e tudo acabaria. Olhava para cima, só podia esperar.
Ficou lembrando o que aconteceu durante o dia, levantara para cumprir sua rotina diária, vestira-se da forma que tivera que se habituar, planejara estar em casa nesse exato momento, mas algo fugira ao controle e ela aguardava.
Vinte horas e oito minutos, ela sente uma pressão, fora avisada antes pelas pessoas que lá estavam, e então ouviu pela primeira vez aquele som. Alto, claro e o frio passou. Sorria, chorava, a felicidade transbordava. Viu então de onde vinha aquele som, pele clara, cabelo ralos e claros, o queixo como o dela, exatamente como vira na ultrassonografia, o queixo era exatamente como o dela. Aquele som, tirou toda a tensão daquele dia, levou para longe o cansaço e o frio. O choro de sua filha, era a confirmação que tudo estava bem, lágrimas correram por sua face.
Adormeceu.
Ao abrir os olhos, encontrou aquele rosto. Seu amado, sorria, feliz, preocupado, aliviado, tudo ao mesmo tempo.
Recebeu um beijo, daquele que agora seria chamado de pai.
Foi assim que me tornei mãe... Mais uma página no livro da minha vida acabara de ser escrito, página do capítulo: Mãe
Um comentário:
Feliz dia das mães!!!
beijos
Postar um comentário