Aquarela

Como um sopro gelado em um dia de verão,
as notas coloridas abraçaram
e dançaram.
Uma sinfonia de luz, cor e calor envolveram sem pedir licença,
acariciando
como uma gota de felicidade escorrendo pela pele,
instigando os sentidos, espalhando-se devagar pela derme arrepiada, 
deixando os pelos em riste.
Impossibilitada de fingir indiferença pela força invisível que me puxava,
parei no lugar e senti as pálpebras caírem
em um encontro sensual e sensorial,
arremessando-me para o alto, de braços abertos
e balançando ritmadamente o corpo 
em uma envolvente entrega, silenciosa.
Coração frenético
no compasso da partitura que a vida me presenteava
com sutileza e sensualidade quase erótica.
Remando em um mar cristalino de sensações etéreas.... percebi....
meu dia virou poesia.

Labirinto de céu

Ela só queria brincar,
Mas se perdeu em um olhar

Ele só queria esquecer,
Mas se perdeu nas lembranças

Ela só sabia brilhar,
Mas se confundiu com escuridão

Ele quis fugir,
Mas se achou em um labirinto

Ela queria ser especial,
Mas se descobriu igual

E nos cantos, curvas e intersecções sem fim
Ele a viu

Única. apenas um ponto de céu
Bela
lhe retirou o véu.

E, 
Ali,
Se esqueceu
E se perdeu.

Berenice

"Ali dentro tudo o que existia era convertido em lembranças."


Esse é um conto que escrevi para participar do concurso da Sweek - aplicativo de autopublicação gratuita e o blog Leia Mulheres. Se vocês quiser lê-lo no Sweek clique aqui. Disponibilizei também no wattpad, para lê-lo clique aqui.