Máquina de dinheiro

Recebi a ligação da minha florzinha, ela me perguntou:

-          Mãe eu não entendo como você ganha dinheiro.

-          Não entende filha? Bom, eu trabalho no escritório prestando serviços aos meus clientes, cobro pelo serviços que faço e eles me pagam. É assim que ganho dinheiro.

-          Mas mãe, aí só tem mesa, computador, telefone, como é que você ganha o dinheiro?

-          Esses são meus instrumentos de trabalho filha, é assim mesmo. Eu não vendo produtos, eu trabalho para as empresas daqui do escritório. Entendeu?

-          É, tá bom, mas onde é que você guarda a máquina de fazer dinheiro?

 

Ai, acho que essa florzinha ainda não entendeu como se ganha dinheiro....

Bem que seria bom ter uma máquina para fazer dinheiro, mas acho que a minha estaria sempre em manutenção por sobrecarga. (hihihi)

À noite

Na penumbra ela se encontra,
Corpo relaxado,
Rosto sereno ,
Cabelos espalhados,
Mãos em prece,
Olhos fechados,
Respiração suave,
Me aproximo,
Te amo! sussurro ao ouvido,
E ela suspira, respira fundo,
Se aconchega em seus sonhos,

Volto para a cama....

Aos olhos do pai

Sabe aquela sensação que temos ao ver nosso bebê pela primeira vez? Dá vontade de rir, chorar, pular, correr, é uma mistura de sentimentos simplesmente indescritível.
Me emociono a cada vez que ouço essa música, ela traduz tudo que senti e sinto pelas minhas flores.
Lindas e perfeitas aos meus olhos...

Cara de pau

Sempre ensinei às minhas filhas que não devemos mentir, mesmo que estejamos com medo devemos falar a verdade, um dia alguém me contou que "mentira tem perna curta e um dia ela acaba mancando", portanto quando mentimos, mais cedo ou mais tarde a verdade aparece.
Minha florzinha em uma determinada ocasião aprontou em casa, pegou uma caneta e pintou toda a parede do quarto dela, ficou uma coisa horrorosa. Fui então conversar com ela e é claro, explicar que aquilo não podia acontecer, se ela quisesse escrever que pegasse papel e se divertisse, mas na parede não. Então perguntei à ela:
- Filha, você não sabe que não devemos escrever nas paredes?
- Não mamãe.
- Não acredito, olha pra mim. - e perguntei novamente - Você não sabia que a parede riscada fica feia?
- Não, eu não sabia.
- Mas você é cara de pau mesmo. - falei brincando
- Não, eu não sou cara de pau.
- É sim filha, eu já te expliquei que mentir é feio.
- Não, eu não sou cara de pau. Põe a mão aqui ó, tá vendo, é de carne e não de pau. -muito chateada comigo.

Tive então que explicar o significado da "cara de pau" para que ela se acalmasse.

Agora imagine, como será que um cara de pau hidrata a pele? Com óleo de peroba?

Por onde sai o dinheiro

Estava eu em casa bisbilhotando na internet quando minha florzinha veio ver o que eu estava fazendo e me pedir para colocar um joguinho para que ela pudesse brincar. Pedi para que ela aguardasse um pouco e logo ela poderia jogar. Foi então que ela me perguntou:
- Mamãe, por onde sai o dinheiro no computador??
- Dinheiro, que dinheiro?
- Dinheiro ué, se a gente apertar a tecla do número 4 (quatro) sai dinheiro.
- Hã, tecla do número 4?
Então verifiquei, verifique você também e me respondam: Até onde vai a imaginação de uma criança? Bem que a idéia é boa! $$$$$$$$$$$$,$$

Eu quero meu dente



Minha florzinha sofreu um pequeno acidente brincando com as amiguinhas de cobra-cega – quando eu era criança eu falava cabra-cega, mas me disseram que é errado, pois existe uma cobra sem olhos e não uma cabra, enfim – ela na empolgação correu de olhos fechados e bateu a boca no portão. Foi uma pancada bastante forte, cortou a gengiva, sangrou muito e agora os dois dentinhos de cima estão ficando mole. Ela está na fase de troca de dentição mas o acidente antecipou um pouco, ela por sua vez, está super feliz, não vê a hora de ver o dente cair, de “ficar com uma janelinha”. O que me fez lembrar de uma pérola que é um tanto quanto antiga, aconteceu com a minha flor de maracujá que apesar de saber que o dentinho já estava mole, teve uma reação que eu não esperava.


Na hora de dormir, a levei ao banheiro para escovar os dentes e percebi que o dentinho já tinha caído, acho que ela o comeu sem querer, é claro. Então eu falei:


- Olha filhinha, o seu dentinho caiu. Você agora tem uma janelinha.


Ela então olhou no espelho e percebeu que o dentinho havia sumido.


- Cadê meu dente??? - E começou a chorar


- Seu dentinho estava mole, é normal cair. Pena que a gente não viu, né?!


- Mas eu quero meu dente. – Em prantos


- Espera um pouco que vai nascer outro no lugar.


- Não, eu não quero esperar. Eu quero meu dente! Vamos no mercado!


- No mercado? O que você quer fazer no mercado?


- Eu quero meu dente! Vai comprar um dente novo. No mercado tem. Vai logo.... – desesperada


Eu ri muito pois nunca havia imaginado que ela teria aquela reação. E quanto mais eu ria, mais ela chorava. Foi difícil convencê-la do contrário.

Manda pelo correio


Essa aconteceu a algum tempo atrás. Minha sogra foi em casa para ficar com as flores, brincar e curtir as netas. Como toda avó, é sempre muito preocupada com a alimentação dos netinhos - Tem que comer pra ficar forte! - e toda vez que elas não querem comer algo, fica tentando convencê-las do contrário, e ocorre que ela é uma bezerra - bom eu também sou - e não se conforma se elas não quiserem tomar leite.

Então, nesse dia a minha flor não queria tomar leite, só queria comer o pão, e a vovó tão preocupada insistiu:
- Toma o leitinho querida. É pra você ficar forte.
- Mas eu não quero vovó, só vou comer o pão.
- Mas assim você cai ficar fraquinha. Sabe aquelas crianças que vivem na Etiópia? São tão fraquinhas pois não tem o que comer, não tomam leitinho...
- Então vovó, manda o meu leite para eles.
- Mas a Etiópia é muito longe. Fica lá na África, não dá pra mandar.
- Vai de carro.
- Não meu amor, tem que ir de avião pois é muuuuuito longe.
- Ah vovó, então manda pelo correio, oras....

E aí vovó, como sair dessa hein?!!

Igual São Paulo

Uma vez ao ano eu e meu maridão fazemos uma viagem sozinhos, tipo lua de mel, sem as meninas, caminhamos muito, conversamos muito, caminhamos mais um pouco, já virou tradição da famíla e as flores já até se acostumaram. Aí bate uma saudade das baixinhas e a gente sempre liga para saber se estão bem (cuidadadas pela avó, quem não fica bem, avó é sempre tudo de bom, ne?!). Numa das ligações falei com a minha flor:
- Oi querida, tudo bem com você?
- Oi mamãe, tudo. Onde você está?
- Em Toronto.
- Toronto? No Parque Toronto (São Paulo)?
- Não querida, na cidade de Toronto no Canadá.
- O que é aí? Um museu?
- Não, é uma cidade. Tem prédios, parques, teatros, igual São Paulo.
- Mas mãe, se é igual São Paulo porque você gastou dinheiro para ir até aí???

O que mais eu poderia responder, só ri e ri muito.